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Parlamentares aprovam 25 diretrizes para enfrentar crise climática durante a COP30

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    Frente Parlamentar Ambientalista
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Documento destaca transição energética justa, adaptação climática e proteção de povos indígenas



Claudio Araujo

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Parlamentares de 47 países assinam documento formulado durante a COP30


A União Interparlamentar (UIP) aprovou nesta sexta-feira (14), 25 diretrizes para enfrentar a crise climática. O documento foi discutido por parlamentares de 47 países reunidos na Assembleia Legislativa do Pará, durante a Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30).

Os parlamentares afirmam que o aquecimento global é uma ameaça existencial. Segundo o texto, os impactos atingem as seguranças alimentar, hídrica e energética; as infraestruturas nacionais; os sistemas financeiros; e, sobretudo, os direitos humanos.


O relator da reunião parlamentar na COP30, senador Humberto Costa (PT-PE), destacou o papel dos Legislativos no financiamento climático e no monitoramento das metas.


“Defendemos transparência orçamentária, monitoramento rigoroso das metas de mitigação e financiamento adequado para que países em desenvolvimento cumpram seus compromissos”, afirmou.


Transição energética

O documento recomenda uma transição energética justa e inclusiva, com redução de subsídios aos combustíveis fósseis — petróleo, carvão e gás natural — e crescimento do uso de energias renováveis.


Outro eixo é o fortalecimento dos planos de adaptação climática, com atenção especial às populações mais vulneráveis a eventos extremos.


As diretrizes incluem ainda:

  • ações climáticas para reduzir desigualdades;

  • valorização dos conhecimentos dos povos indígenas e comunidades tradicionais;

  • uso do risco climático nas decisões públicas;

  • ampliação do papel dos bancos multilaterais de desenvolvimento;

  • reconhecimento do ecocídio como crime internacional;

  • proteção de defensores do meio ambiente.


Atuação dos Parlamentos

O senador Humberto Costa afirmou que os Parlamentos precisam ampliar a cooperação internacional.

“Os Parlamentos devem definir leis que garantam a implementação das contribuições climáticas e fiscalizar a ação dos governos, inclusive o financiamento”, disse.

Integrante do comitê-executivo da UIP, o deputado Claudio Cajado (PP-BA) ressaltou que os eventos climáticos extremos exigem debate suprapartidário.


“Quando reunimos parlamentares do mundo inteiro, trocamos experiências, ideias e críticas. Discutiremos em cada Parlamento o que foi debatido aqui”, afirmou.


O documento final também aborda o incentivo à pesquisa, à inovação e ao uso da inteligência artificial para enfrentar a crise climática; a ampliação da proteção da biodiversidade; e ações para combater a desinformação climática.


Reportagem - José Carlos OliveiraEdição - Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 
 
 

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