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Frente Ambientalista recebe congressistas da Colômbia para diálogo sobre a proteção da Amazônia e a COP-30

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    Frente Parlamentar Ambientalista
  • há 6 horas
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Foto: Larissa Nunes
Foto: Larissa Nunes

Nesta terça-feira (1º), o coordenador da Frente Parlamentar Mista Ambientalista, deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), realizou uma reunião com parlamentares da Colômbia e membros da embaixada Colombiana em um encontro estratégico voltado ao debate sobre os desafios ambientais comuns aos dois países. A reunião teve como foco central a proteção da Amazônia e os preparativos rumo à COP-30, que será realizada em Belém (PA), em novembro.


Estiveram presentes os parlamentares colombianos Angélica Lozano, Andrés Cancimance e Carlos Ardila, além dos membros da embaixada Guillermo Rivera, Raúl Alejandro Delgado e Alexandra Rodríguez.


Entre os principais temas debatidos estiveram os impactos dos combustíveis fósseis, a urgência de uma transição energética justa e os entraves enfrentados no Congresso Nacional em relação à pauta ambiental. Nilto Tatto destacou que, apesar da atuação da Frente Ambientalista, ainda representa uma minoria no Parlamento, o que torna o diálogo com diferentes setores uma necessidade para a construção de consensos.


A relação com o setor agropecuário, que exerce forte influência nas votações legislativas, também foi mencionada, assim como o avanço do projeto de licenciamento ambiental apelidado de “PL da Devastação”, criticado por flexibilizar regras em um momento em que o mundo caminha para a COP-30.


Outro ponto de destaque foi a luta pela demarcação dos territórios indígenas. O deputado lembrou que cerca de 60% das terras indígenas no Brasil ainda não foram demarcadas, o que impede a consolidação do direito à terra para povos originários. Questionado sobre a posição da Frente em relação à exportação de petróleo na região amazônica, Tatto explicou que o tema ainda não é consenso entre os parlamentares ambientalistas. Segundo ele, o desafio é construir uma coalizão mais ampla, que inclua outros países e atores. “Para governar, é preciso compor. E hoje ainda somos minoria”, afirmou.


Sobre a expansão da energia eólica offshore, Tatto alertou para a necessidade de alinhar os avanços energéticos com os direitos trabalhistas. “Queremos a transição energética, mas não podemos abrir mão dos direitos históricos conquistados pelos trabalhadores”, reforçou.


Ao final, o parlamentar também chamou atenção para o contexto político da região amazônica brasileira, onde, segundo ele, as forças conservadoras têm avançado de forma significativa. “Os confrontos com indígenas e quilombolas estão concentrados na Amazônia. O desafio é enorme”, concluiu.


Reportagem - Larissa Nunes

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