A formalização de um parlamento com membros de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela avançou durante a Cúpula da Amazônia. A Declaração de Belém, documento final do evento que reuniu chefes de estado e representantes dos oito países no início da semana, definiu que um grupo de trabalho vai criar regras para o funcionamento do Parlamento Amazônico (Parlamaz) e para sua vinculação à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Criado em 1989, o atual Parlamento Amazônico (Parlamaz) é um colegiado de parlamentares presidido pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), mas não conta ainda com reconhecimento formal da diplomacia internacional.
Com a formalização, o Parlamaz poderá funcionar nos mesmos moldes do Parlasul, o parlamento do Mercosul, e colaborar no processo de fortalecimento da cooperação entre os países amazônicos. Nelsinho Trad, que participou da abertura da Cúpula da Amazônia, em Belém, comemorou a decisão dos presidentes:
"Missão cumprida! Chefes de Estado dos oito países amazônicos estabeleceram um grupo de trabalho, no âmbito da OTCA. Avançaremos na institucionalização do nosso Parlamaz", apontou o senador em sua conta em uma rede social.
Além de Trad, outros parlamentares da Região Amazônica participaram do evento realizado em Belém, como Zequinha Marinho (Podemos-PA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Randolfe avaliou como positivas as discussões em torno da proteção da floresta e de medidas para fomentar o desenvolvimento sustentável da região:
— Estamos mostrando ao mundo a nossa disposição de retomar nosso protagonismo internacional, com a construção de consensos e o fortalecimento da integração entre países amazônicos.
Beto Faro (PT-PA) destacou que a capital do Pará demonstrou capacidade para organizar eventos de grande porte e está preparada para receber a Conferência das Partes (COP), em 2025.
— Nossa cidade mostrou uma capacidade de recepção, com alguns ajustes que precisam ser feitos, inclusive por parte do governo federal, como a melhoria do nosso aeroporto, inclusive com as empresas que fazem o transporte aéreo para o nosso estado — avaliou o senador em pronunciamento no Plenário do Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
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