Projeto prevê espaço para “colmeias urbanas” de abelhas sem ferrão nos parques, para proteger a espécie e estimular a reprodução de plantas
- Frente Parlamentar Ambientalista
- 27 de ago.
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A Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprovou projeto para delimitar áreas para proteção de abelhas sem ferrão nas cidades. No Brasil, existem aproximadamente 1.500 espécies de abelhas e cerca de 300 delas pertencem à tribo meliponini — as chamadas abelhas sem ferrão, que vêm ganhando protagonismo no país.
O estado de São Paulo, por exemplo, já conta com mais de 55 mil colmeias, de 75 espécies diferentes. No Mato Grosso, a atividade de meliponicultura é vista como uma alternativa para aumentar a renda de pequenos produtores.
O projeto original estabelecia que a delimitação dessas áreas fosse incluída no plano diretor de cidades. Mas o substitutivo aprovado na Comissão de Meio ambiente retira essa obrigatoriedade. O autor da proposta, deputado José Medeiros (PL-MT), trabalha para que a inclusão no plano diretor seja restabelecida no projeto, que ainda vai passar por duas comissões (Desenvolvimento Urbano e Constituição e Justiça) antes de seguir para o plenário.
José Medeiros explica que as abelhas sem ferrão são espécies muito pequenas, também conhecidas como Jataí ou Jatí, com até 4 milímetros, que fazem colmeias em espaço pequenos, como o oco de algumas árvores. O deputado afirma que estas colmeias urbanas teriam “gasto praticamente zero” e poderiam ser criadas em espaços já existentes nas cidades, como parques e áreas verdes.
Medeiros destaca o papel de abelhas e pássaros na reprodução de espécies vegetais. “As abelhas, que levam a polinização, e os pássaros, que transportam sementes, são os verdadeiros agricultores”, diz. “A gente só precisa dar uma forcinha para eles”. O deputado argumenta que o projeto incentiva a biodiversidade. Ela afirma que, muitas vezes, os gestores, prefeitos das cidades, se esquecem do essencial. “Essencial é a manutenção da vida da nossa vegetação”, concluiu.
Fonte: Rádio Câmara
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