top of page

Frente Ambientalista discute transição energética justa com trabalhadores Câmara dos Deputados

  • Foto do escritor: Frente Parlamentar Ambientalista
    Frente Parlamentar Ambientalista
  • 27 de out.
  • 3 min de leitura
ree

O encontro marcou a entrega de 20 propostas elaboradas por mais de 120 trabalhadores e trabalhadoras de diferentes setores, reunindo representantes sindicais, parlamentares e organizações da sociedade civil em defesa de uma transição energética justa e inclusiva


Na última terça-feira (21), a Frente Parlamentar Mista Ambientalista, coordenada pelo deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), recebeu  um encontro entre parlamentares e lideranças sindicais no Salão Nobre da Câmara dos Deputados em um café da tarde. O evento marcou a entrega de 20 propostas elaboradas por cerca de 120 trabalhadores e trabalhadoras dos setores de metalurgia, óleo e gás e eletricidade vozes fundamentais para o debate sobre uma transição energética justa no Brasil.


Entre os participantes estiveram Miriam Cabreira, presidenta do Sindipetro-RS e diretora da FUP; Fabiola Antezana, vice-presidenta de Energia da CNU; Diego Goulart Santos Ribeiro, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; além da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP).


As propostas são resultado dos Laboratórios de Futuros, uma experiência promovida pela Aurora Lab em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE), a Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) e o Sindipetro-RN. Os laboratórios reuniram profissionais de diferentes regiões do país para identificar desafios e pensar soluções para a descarbonização da economia com foco na garantia de direitos trabalhistas e justiça social.


Durante o evento, Gabi Vuolo, diretora executiva da Aurora Lab, destacou que as propostas entregues são fruto de uma jornada de escuta e construção coletiva que percorreu o Brasil a bordo da Caravana do Futuro — um caminhão 100% elétrico que cruzou o país de Sul a Norte em 100 dias de 2025. “Percorremos mais de 5 mil quilômetros conectando territórios e imaginando outros futuros possíveis junto de quem está na linha de frente da transição justa: os trabalhadores, as trabalhadoras e as comunidades”, afirmou Gabi.


O deputado Nilto Tatto ressaltou a importância de o Brasil assumir protagonismo nas discussões sobre o clima, especialmente na reta final para a COP30, que será realizada em Belém (PA). Em sua fala, o parlamentar destacou que o país precisa garantir uma transição que una sustentabilidade ambiental e dignidade laboral. “Não é possível enfrentar a crise climática abdicando de direitos históricos dos trabalhadores. A transição energética deve ser inclusiva, respeitar as comunidades e promover empregos de qualidade”, afirmou.


A deputada Erika Hilton reforçou o papel do diálogo entre meio ambiente e mundo do trabalho. “Quando discutimos transição energética e clima, precisamos olhar para as pessoas que vivem essas mudanças. Os trabalhadores não podem ser acessórios nesse processo, mas protagonistas”, destacou.

A cofundadora da Aurora Lab, Luz Gonzales, ressaltou que a aproximação entre o movimento climático e o sindical é essencial para o avanço da pauta ambiental no Brasil. “Historicamente, esses dois campos caminharam em paralelo. Nosso desafio é unir essas agendas para construir políticas públicas mais justas e eficazes.”


Já Miriam Cabreira, da FUP, lembrou que o papel da Petrobras é central nesse debate “A empresa precisa assumir de forma concreta o compromisso com uma transição energética justa, soberana e popular, conduzida pelo Estado e em diálogo com os trabalhadores.”


Representando o setor elétrico, Fabiola Antezana destacou que a descarbonização não pode reproduzir desigualdades. “A crise climática tem origem no Norte global, mas seus efeitos recaem sobre o Sul. Precisamos garantir que a transição energética gere empregos, respeite direitos e fortaleça a indústria nacional.”


O encontro reforçou o diálogo entre governo, trabalhadores e sociedade civil para a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável, com geração de renda e inclusão social.


Reportagem-  Larissa Nunes


Comentários


bottom of page