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COP26: nesta sexta, ambientalistas e parlamentares discutem as oportunidades para Brasil e o Ceará

ara o Brasil e o Ceará”. Ele contará com a presença de especialistas em questões ambientais e de parlamentares da Frente Ambientalista nacional e do Ceará. A transmissão acontecerá no Facebook da Frente Ambientalista Nacional e do Ceará.



O objetivo do evento é trazer as diversas esferas da sociedade para o debate, discutindo contribuições possíveis a todos os cidadãos, não apenas àqueles presentes nos círculos de discussões ambientais. Além disso, a live abordará quais seriam as ações necessárias para mitigação e oportunidades de adaptação necessárias ao enfrentamento das mudanças climáticas.


Mas... o que significa “adaptar” e “mitigar”?

Segundo Sérgio Xavier, articulador político no Centro Brasil no Clima (CBC), mitigar é reduzir riscos, prevenindo-se contra as mudanças climáticas, reduzindo emissões e poluição. Já a adaptação diz respeito a uma atuação corretiva criando, por exemplo, construções mais resistentes a chuvas extremas. “É planejar as grandes cidades para absorver grandes quantidades de chuva [...] é realmente atuar já fazendo alterações práticas na infraestrutura para que as cidades e as comunidades humanas possam ter maior condição de enfrentar eventos extremos.”.


A COP 26 E OS INTERESSES DO BRASIL NO EVENTO


Como consta do título do debate, a COP26 é fio condutor dos assuntos presentes durante a live. Ela é uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e está em sua 26ª edição. O evento ocorrerá em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021 e reúne todos os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, motivo pelo qual é chamada COP – Conferência das Partes. Sérgio a define como um encontro estratégico que visa diminuir as emissões de carbono, além de evitar o aquecimento do planeta e que ele tenha problemas muito graves de eventos extremos como chuva, inundação, elevação do nível do mar, derretimento de geleiras etc. E por que os brasileiros devem estar atentos a ele?


“O Brasil tem um potencial muito grande de ter benefícios com investimentos no rumo da economia de baixo carbono, no rumo da economia verde, porque tem uma base florestal gigantesca. Ele pode atrair muitos recursos, muitos investimentos, porque o mundo precisa ser reflorestado para capturar carbono.”, explica Xavier.


Ele acrescenta que nosso país tem uma matriz energética muito limpa, com grande possibilidade de geração de energia solar e produção de biocombustíveis. Assim, é um novo programa de desenvolvimento verde com, inclusive, novos projetos, como o hidrogênio verde. A Europa está precisando dessas fontes de energia e investindo bastante nelas. Assim, o Brasil pode ser um grande produtor.


OS ESTADOS BRASILEIROS NA PROTEÇÃO DO CLIMA


As ações de enfrentamento às mudanças climáticas devem ser tomadas por todos: cidadãos comuns entidades e governos. Porém quais atos têm ocorrido, nos parlamentos, para o combate às alterações do clima? Há coalizões sendo feitas para ganhar força neste confronto?


Primeiramente, uma coalizão consiste num acordo entre instituições para atingir um objetivo comum. Atualmente, as coalizões pelo clima são uma tendência mundial, uma vez que questões climáticas envolvem aspectos científicos, econômicos, sociais, ambientais, culturais. Como aponta Xavier, “é impossível enfrentar [as mudanças climáticas] sem fazer grandes coalizões, sem fazer grandes articulações com o setor empresarial, com academias, governos, ONGs... então existem várias coalizões no Brasil. O “Governadores Pelo Clima” é uma dessas coalizões, que integra vinte e cinco governadores de todos os partidos políticos. É uma coalizão suprapartidária, e também tem outras que estão atuando na Amazônia e em vários lugares, juntando empresas e diversos setores da sociedade.”.


Outra medida em andamento é o “Race to Zero”, uma campanha global para correr contra o tempo, reduzindo as emissões de carbono. Assim, pode-se fazer a transição de uma economia de alto carbono, altamente poluidora, para uma economia que captura carbono, a economia para se descarbonizar o planeta. Xavier aponta que existe um conjunto de critérios, de metas a serem cumpridas, de compromisso, que alguns estados brasileiros já assinaram e outros estão analisando para participarem ativamente desse processo.

Importante ressaltar que dezenove estados possuem planos de ação climática, de acordo com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA) e Centro Brasil no Clima (CBC). Eles são: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.


NOVOS MODELOS ECONÔMICOS


Com todo o debate acerca do papel ativo do ser humano no combate às mudanças climáticas, é importante a criação de novos modelos econômicos inclusivos e sustentáveis. O Amazônia 4.0 é um exemplo. Coordenado pelo cientista Carlos Nobre, a iniciativa visa desenvolver cadeias produtivas sustentáveis de produtos da floresta amazônica.


Sérgio acrescenta que o CBC é integrante do Consórcio de Inovação Noronha Pelo Planeta e conta com patrocínio da empresa americana Ball Corporation (líder mundial de produção e reciclagem de latas de alumínio). Ele irá lançar na ilha de Fernando de Noronha, no dia 20/10/2021, o primeiro laboratório de economia circular do Brasil, com objetivo de desenvolver novos modelos de negócios carbono zero, inclusivos e replicáveis em larga escala. Todos os investimentos são privados.


Também participam deste novo polo de inovação: Ambev, Novelis, Minalba, NeoEnergia (energia solar), Renault (com veículos elétricos) e Gol (que lançou este mês a primeira rota aérea carbono neutro do Brasil - Recife-Noronha-Recife).


SERVIÇO


• Live - Conferência do Clima COP 26 – Oportunidades para o Brasil e a para o Ceará • Dia 01/10 - Sexta-feira • 14h – Horário de Brasília • Transmissão pelo Facebook da Frente Parlamentar Ambientalista Nacional e da Frente Ambientalista do Ceará.

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